Compartilhar me parece melhor que dar.
A doação sincera é bela, mas o compartilhar é sublime.
Com amor se compartilha o arroz e feijão de todo dia, se compartilha o leite no café da manhã, o pão com manteiga, a couve com farofa, o pote de pipoca, o copo d'água, as almofadas, a massagem no pé, o sofá, o travesseiro, as ideias e a louça pra lavar.
domingo, 1 de março de 2015
Do meu rancor você duvida, mas com força eu te arranco e te mato por pouco.
Do sangue quente eu duvido, mas ele me sobe, me avermelha, me fecha, me cansa.
Do seu cheiro eu não gosto.
Eu me lavo, eu grito, eu expulso, eu arranco a pele.
Dos seus segredos eu me privo.
Minhas privações eu traio.
Na traição eu me quebro.
Na saída do carro eu peco.
Na boca errada eu beijo.
Com o corpo errado eu sonho.
Com o coração errado eu brinco.
Do sangue quente eu duvido, mas ele me sobe, me avermelha, me fecha, me cansa.
Do seu cheiro eu não gosto.
Eu me lavo, eu grito, eu expulso, eu arranco a pele.
Dos seus segredos eu me privo.
Minhas privações eu traio.
Na traição eu me quebro.
Na saída do carro eu peco.
Na boca errada eu beijo.
Com o corpo errado eu sonho.
Com o coração errado eu brinco.
terça-feira, 27 de janeiro de 2015
Pedi ao mar a imensidão.
Eu tento escrever sobre cada mergulho dado, cada gota d'água que escorreu pelos meus cabelos, ombros, seios, barriga, coxas, joelho, pés.
Cada imersão me contemplava, e eu dizia: O pleno contato com a natureza.
Me entreguei ao medo da água que bate na cintura, me entreguei ao horizonte que me seduzia, e que a cada dia me levava pra mais longe.
O Sol me cegava, e eu continuava a bater os braços em direção ao tudo, ou ao nada.
O mar me sugava como o amor me suga. Eu perdi o medo da água como perdi o medo do amor, do gozo, da saliva, do suor. Águas salgadas deixadas em mim, num mergulho vidrado ao infinito.
A água me ligou à natureza por inteira, e a sua água me faz mergulhar até perder o fôlego, a vida, os batimentos, os pulmões, e voltar à vida com sua respiração em mim, me trazendo pro mundo, pra morrer afogada de novo.
Eu tento escrever sobre cada mergulho dado, cada gota d'água que escorreu pelos meus cabelos, ombros, seios, barriga, coxas, joelho, pés.
Cada imersão me contemplava, e eu dizia: O pleno contato com a natureza.
Me entreguei ao medo da água que bate na cintura, me entreguei ao horizonte que me seduzia, e que a cada dia me levava pra mais longe.
O Sol me cegava, e eu continuava a bater os braços em direção ao tudo, ou ao nada.
O mar me sugava como o amor me suga. Eu perdi o medo da água como perdi o medo do amor, do gozo, da saliva, do suor. Águas salgadas deixadas em mim, num mergulho vidrado ao infinito.
A água me ligou à natureza por inteira, e a sua água me faz mergulhar até perder o fôlego, a vida, os batimentos, os pulmões, e voltar à vida com sua respiração em mim, me trazendo pro mundo, pra morrer afogada de novo.
quinta-feira, 25 de setembro de 2014
rodo-x
Entra ano e sai ano
E eu já não sei mais como chamo.
Entra setembro, sai setembro
como conheci não lembro
Encho a cara, encho a noite
encho o peito de respeito
Fica velho, passa o tempo
cresce a barba e o talento!
E eu já não sei mais como chamo.
Entra setembro, sai setembro
como conheci não lembro
Encho a cara, encho a noite
encho o peito de respeito
Fica velho, passa o tempo
cresce a barba e o talento!
segunda-feira, 5 de maio de 2014
quinta-feira, 1 de maio de 2014
Seios duros e arrepiados
Reflexo do toque de seus dedos.
Seios ainda arrepiados,
Reflexo do toque das minhas mãos em você.
Olhos fechados, olhos virados.
Saliva, cheiro, suor.
Vestígios de você em mim,
Vestígios nossos no lençol.
Seus dedos em mim.
Seus dedos na minha boca.
Vestígios de mim,
Vestígios em mim.
Pernas esticadas, panturrilhas doloridas
dedos, travesseiro.
O escuro e eu.
São vestígios de você longe de mim.
Reflexo do toque de seus dedos.
Seios ainda arrepiados,
Reflexo do toque das minhas mãos em você.
Olhos fechados, olhos virados.
Saliva, cheiro, suor.
Vestígios de você em mim,
Vestígios nossos no lençol.
Seus dedos em mim.
Seus dedos na minha boca.
Vestígios de mim,
Vestígios em mim.
Pernas esticadas, panturrilhas doloridas
dedos, travesseiro.
O escuro e eu.
São vestígios de você longe de mim.
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